Separadores

sábado, 14 de dezembro de 2013

Pensamento - nada 52: Ela.

 Tranquilidade, equilíbrio. Um colorido que é discreto para não perder a beleza, e garrido o suficiente para se fazer notar. Verão. Quando penso em ti penso em verão. Mas sem calor excessivo. Nas roupas leves, postura descontraída, na praia no final do dia. Em luar, também. Em coisas meias hippie. No escritor Osho. Num amor calmo, sem pressa e sem cobrança. 


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pensamento - nada 51: Órgãos de Comunicação social - O bastião da soberania popular ou o polícia corrupto?

“Desde que o Homem inventou a escrita surgiu a necessidade de a reproduzir para transmitir ou guardar. O insuficientenúmero de cópias feitas à mão gerou ao longo de séculos a procura de uma invenção que satisfizesse essa necessidade. O progresso conseguido pelo aparecimento da Imprensa de caracteres móveis no século XV permitiu a fixação e adivulgação do saber humano, utilizando processos cada vez mais sofisticados, aliados, por exemplo, à fotografia. O livro da Idade Moderna no Ocidente resultou de duas revoluções: uma que surgiu no início da era cristã com aintrodução de um novo tipo de livro - cadernos ou codex, que substituiu o rolo ou o volumen; e a de meados do séculoXV com o desenvolvimento das técnicas de impressão em Mogúncia (Mainz), onde Gutenberg produziu as primeiras peças entre 1452 e 1453.”
Imprensa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-11-29].
Disponível na www: <URL:
http://www.infopedia.pt/$imprensa>.

Cada vez mais distante dos instrumentos primários de Gutenberg, digitalizada e informatizada, abreviada (e, por vezes, bem maltratada) a escrita voltou a assumir a primazia cultural na nossa sociedade.
Com criação e vertiginosa proliferação das sobejamente conhecidas redes sociais, todos somos escritores, comentadores, “opinadores”, pseudo-jornalistas, ciberdeputados numa total liberdade, sem crivos e sem Entidades Reguladoras…podemos assim afirmar que nos encontramos num verdadeiro Estado de liberdade de expressão e de informação, prevista pela atual Constituição da República Portuguesa (disposta no artigo 37º, nomeadamente).
É certo que (tal como afirma Assunção Esteves) "a democracia comporta necessariamente algum ruído”. No entanto, impõe-se a questão: como impedir que um ruído-ambiente agradavelmente democrático se torne numa anarquia barulhenta? Ou numa oligarquia estranhamente silenciosa…

Meios de Comunicação: Um Quarto poder?

Num estado democrático de tipo europeu, a sociedade é regida pelos 3 poderes já nossos conhecidos desde o 5º ano de escolaridade: legislativo, executivo e judicial.
O que talvez nunca tenhamos reparado (ou concebido como tal) é que os meios de comunicação social, vendo-se livres das amarras da Censura desde 25 de Abril de 1974, assumem cada vez mais a dianteira na crítica à ação de políticos e de outros membros sociais com visibilidade. São as novas praças públicas onde todos enforcam, todos são enforcados…e as suas influências são tão intensas que podem decidir as decisões nos 3 poderes políticos tradicionais.
No entanto, será admissível que tudo o que é dito e escrito, por ser dito e escrito no âmbito desta liberdade salvaguardada pela Constituição, não é um atentado a essa mesma liberdade de expressão e, por isso, uma agressão à própria Constituição? Podemos caluniar, maldizer e criticar qualquer cidadão, usufruindo do nosso direito à liberdade de expressão, sem ter em consideração os restantes direitos fundamentais de que os outros também devem usufruir?

Órgãos de Comunicação Social: O bastião da soberania popular ou o polícia corrupto?


Podemos então considerar que os principais detentores do poder da comunicação social, ou seja, os órgãos da comunicação social têm o dever de informar as populações sobre o que ocorre no país e no mundo, fazendo um certo policiamento dessas ocorrências (nomeadamente, os grandes acontecimentos políticos, aos quais hoje se dá grande enfoque), expondo-as para que cada cidadão as analise e sobre elas venha a ter uma opinião.
No entanto, nem tudo é um mar de rosas, e uma determinada informação pode, enquanto “produto final” que chega ao “mercado das ideias”, estar de tal forma manipulada e impregnada das ideologias e preferências daqueles que a trataram. E isto ocorre sobretudo porque grande parte dos órgãos de comunicação social estão subordinados e concentrados pelos grandes grupos económicos – agrupados em torno da mesma pessoa, da mesma corrente política, religiosa, ideológica dos mesmos interesses de bolso, os atuais órgãos de comunicação social são corruptíveis e produzem informações meramente verosímeis, e insuficientemente diversificadas para uma sociedade que se quer democrática e livre, no sentido lato.
Quis custodiet ipsos custodes? – Quem guardará os guardas?

Quem nos ajudará a discernir a informação verídica da manipulada?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pensamento - nada 50: Café curto

Cafeína 
Julgo ser
O que me faz 
Querer correr.
Ferver o corpo.
E a mente expande-se
Toca o Impossível.

Despe-me...
Abraça-me...
Refresca-me...

Bebe de mim. 
Ama-me,
Desenfreadamente,
Apaixonadamente.
Deixa-me beijar-te.
Descer pelo teu corpo.

Quero provar-te,
Provocar-te
Endoidecer-te.
Quero ver que 
O Desejo te inflama
Tanto quanto a mim.

E ouvir-te suspirar,
E ouvir-te gemer,
E ver nos teus olhos,
O amanhecer 
Do prazer.

Entrelaça-te em mim,
Somos um só ser.
Acompanha-me
No momento supremo.
És magnífica!

Nossas mãos unem-se,
Com elas fundem-se
Nossas almas imortais.
(Sim! Somos imortais).

Descanso 
Sobre a almofada
Desejando que fosse 
O teu peito.
Não estás aqui.
Estou sozinha
E cansada.
Não passa tudo
Do efeito
De um café curto?

Pensamento - nada 49: NUA

NUA

Perante ti 

Me dispo de tudo.
Sem máscaras.
Sem adereços.
Nua.

Dilacera-se 
A minha carne.
E de músculos,
E de ossos inúteis
Também me dispo.

Quero que 
Reste apenas
O pensamento
O espírito,
O centro.

O que desejo 
É mostrar-te
O mais Profundo
De mim.

E aqui está,
Aqui me tens
Como ninguém viu.

Vais tomar-me 
Nos teus braços,
No mais profundo 
Dos abraços?

Pensamento - nada 48: Religião Monoteísta

Será que te lembras disto? Olha o que deitaste fora.

RELIGIÃO MONOTEÍSTA

Camões, Shakespeare,
Steinbeck, Esquível,
E os mais que queiras denominar,
Nenhum talento será capaz de narrar,
Uma história de amor como a nossa.

Amores há. E muitos.
Amores quentes, Amores frios,
Sortudos e tardios.
Mas nenhum como o nosso.
Um amor que nasce 
Entre Deusa e idólatra,
Serva e senhora,
Imperatriz e plebeia.

A minha religião é monoteísta.
És o único ser que desejo adorar.
Estou disposta a prestar qualquer tributo...
Deixas-me entrar no teu templo?

O meu coração pertence-te
(a ti, e só a ti)
Sê avarenta, não o partilhes.
Nem deixes que te fuja.
Assim, sossego o meu peito sem batimento:
Sei que ao menos 
Um pedaço de mim 
Está junto a ti, 
Nesse elevado Olimpo 
Que é a tua Morada.

Deixemos 
Que o Tempo Leão
Ruja
A seu tempo
(Porque até o Tempo Precisa de tempo).
E quando chegar o tempo
De junto a ti
Para sempre
Ficar.
Devolve o meu coração
Ao meu peito
Porque, então, chegou
O Tempo de eu de ti cuidar.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pensamento - nada 47: The Wave (A Onda)

“Baseado numa história real o filme "A Onda" mostra como é possível a criação de doutrinas ideológicas numa sala de aula, não só no passado, mas atualmente.
O filme que foi adaptado do ensaio The Third Wave (A Terceira Onda), do professor de História Ron Jones, no qual relata a sua experiência numa escola da Califórnia (EUA), em 1967, na tentativa de explicar na prática como Hitler e o Partido Nazi chegaram ao poder na Alemanha.”
 Retirado de:
 http://www.nomundoenoslivros.com/2010/08/filme-onda.html (adaptado)


“Hoje a gente não tem contra o que se revoltar. O que precisamos é de um objetivo comum para unir a geração.”


Num período da História nacional (e não só) em que passamos 90% do tempo focados no que passa pela nossa carteira (ou seja, no que entra...mas sobretudo, no que sai!), é sempre refrescante quando nos fazem pensar, precisamente, no que pensamos, como pensamos, e sobretudo nas forças externas que nos pressionam, ou, pelo menos, nos direcionam para pensamentos especificamente formatados. Neste aspeto, o filme The Wave, é um clímax cultural.
Os regimes totalitários sempre me fascinaram, não pela ideologia política que está no seu cerne, mas pela forma como essa mesma ideologia se alastra e contamina uma sociedade inteira e, mais profundo do que isto!, cada ser humano na sua individualidade!
É fácil sentirmo-nos sozinhos num Mundo como o que temos. A ideologia totalitarista assume um papel unificador dos indivíduos dispersos, proporcionando-lhes um objetivo comum: organizar uma determinada comunidade de acordo com a ideologia vigente.
Num só pensamento, numa só ação, agora sem liberdades ou modos de rebelião, massa amorfa que a comunidade agora se tornou, irá consagrar a sua vida à veneração de uma só pessoa, que, como que envolta numa aura dourada e divina, se assume mais esclarecido, mais iluminado, capaz de liderar os seus súbditos na defesa da Causa.
É fácil sentirmo-nos sozinhos num Mundo como o que temos…

Fiquemos alerta.

You think a dictatorship isn't possible today?

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pensamento - nada 46: Tarada à Porta Fechada

És bad girl. E fruto proibido. Isso é mais do que certo.
És do tipo de miúda que me atrai, que mexe comigo de uma maneira inexplicável…e do qual eu me deveria manter afastada. Mas não consigo…és demasiado cativante.
Eu sou do outro tipo de miúda: certa, cumpridora, não faço nada de perigoso, de proibido.
Mas, inesperadamente, tu chegaste, balançaste-me, e eu deixei.
Dizes que não te resisto, e é a verdade; não resisto à sensação de perigo que me provocas a todo o momento. Ligas os meus alarmes, o meu batimento cardíaco acelera, a minha libido desperta. De repente, na minha mente, já não sou tão boa menina. De repente, já não é sem querer que me sinto trémula por ti.
Quero que sejas o meu segredinho sórdido, o meu caso sexual e quente, a exceção no meu código de bons costumes. Quero adotar-te como mau hábito…és pior que nicotina…quero embriagar-me em ti. Tu és o meu fetiche, a minha pequena fantasia erótica…
Despe-me, desprende-me dos meus embaraços, prende-me à cama, prende-me a ti!...
Quero ser a tua tarada, à porta fechada.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Pensamento - nada 45: Perdão

Winnie:
Sinto-me absolutamente ridícula por te escrever esta carta porque o mais provável é que a ignores completamente…mas a verdade é que tu tens uma importância de tal maneira crucial na minha vida, que eu não consigo ignorar a amizade que tivemos, como se não tivesse acontecido.
Eu sei que neste momento tens alguém a teu lado, uma pessoa maravilhosa e perfeita para ti, que te dá tudo o que alguma vez pediste e precisas. E quero que tenhas consciência do meu profundo e sincero sentimento de felicidade por tu estares feliz.
Eu não fui sempre correta contigo. E ultimamente tenho cometido muitos erros, sim. Mas eu nunca te desrespeitei. Nunca tive intenções contra a tua liberdade. Nunca pretendi forçar-te a dares-me “explicações” sobre a tua vida, o que fazes ou deixas de fazer. Tu conheces-me. Se tivesse que apostar, diria que és a pessoa que melhor me conhece no Mundo. Sabes MUITO bem que eu seria incapaz de te fazer chantagem emocional, que eu nunca quereria fazer nada que te deixasse zangada, que me fizesse correr o risco de te perder.
Tu tens o direito de querer aproveitar essa felicidade que estás a experienciar (e outras que se avizinhem), e seguir o trilho da tua vida sem que eu esteja presente. Podes querer ignorar que algum dia ocupei um cantinho da tua vida e do teu coração. Deve ser fácil para ti…nunca tivemos juntas. Podes simplesmente fingir que não existiu. Mas apenas fingir, porque ambas sabemos porque a amizade que nos uniu foi real. Foi.
E por isso peço-te sinceramente que me perdoes e que me aceites de volta na tua vida. Só quero um cantinho da tua Amizade. Só quero saber que por aí está uma Ana que ainda gosta de mim, ainda se importa comigo, ainda gosta de falar comigo, nem que seja só de vez em quando. Só quero cuidar de ti. De forma diferente, platónica, respeitadora. Só quero poder continuar a chamar-te de AMIGA. Melhor Amiga. Tu és a minha Melhor Amiga, serás sempre a minha Melhor Amiga, eu partilhei mais contigo do que com qualquer outra pessoa. Não me abandones, por favor…eu preciso de ti. E só queria que precises de mim. Porque só com a tua amizade é que eu “não tenho medo que toda a lama deste mundo me toque sequer”.
Por favor, não me ignores, não me deixes sem resposta. E não me mandes embora.
Gosto de ti.
Maria

sábado, 12 de outubro de 2013

Pensamento - nada 44: Desilusão

O facto indubitável e que temos de nos habituar à frustração, sobretudo no que concerne à nossa relação com os outros.
E, quer queiremos, quer não (e por muito que isso nos dê a deprimente sensação de que estamos num revival dos Morangos com Açúcar) o Amor também nos frustra. A todos, independente da idade, ideologia, orientação sexual, tudo! E para o provar existem as incontáveis músicas, poemas, livros filmes que, com mais ou menos mérito artístico, andam à volta do triste assunto.
Dado que estou a passar por uma dessas fases, não resisto a deixar na rede uma pequena dissertação (daquelas de menos qualidade, claro está) sobre as desilusões amorosas.
No meu caso, fui duplamente lesada: perdi um amor e a minha melhor amiga. Sinto como um homem que divorcia de uma mulher que, para além de lhe ficar com metade dos bens, ainda lhe leva a amante. Não consigo deixar de considerar que a necessidade de terminar uma amizade profunda e frutífera (onde se fomentava, sobretudo o RESPEITO) para manter uma relação amorosa, é algo triste e uma mediocridade de alma, uma pequenez de pensamento e uma total falta de polivalência mental e psíquica.
O que mais custa é resistir à tentação de perguntar os "porquê"...é intrínseco ao ser humano tentar procurar explicação para o que não entende. Por isso: não mandar mensagens. Não procurar. E, sobretudo, não perder a classe. E a dignidade.
Há-que esqucer. Deixar todas as lembrança no mundo que, aparentemente, apenas eu conheci nos últimos meses.

sábado, 24 de agosto de 2013

Pensamento - nada 43: Arrumações de Verão

As típicas "arrumações de Verão" são relaxantes. Uma limpeza ao quarto, uma purga ao coração.
Arrumo livros e papéis, pensamentos e sentimentos.
Aproveito e separo o que quero doar, e com tudo isso vai a velha memória,  o pensamento já gasto,o sentimento já usado, reciclado e reaproveitado vezes sem conta.
E desejo um coração novo. Quero um amor novo.
Quero uma vida nova. Amigos novos. Quero novas memórias e reflexões.
Tudo que dure mais do que um ano, para não ter que deitar fora nas próximas arrumações de Verão.

Pensamento - nada 42: Livre arbítrio (?)

Com o avançar do tempo, percebo que as nossas possibilidades são extraordinariamente limitadas.
Cada escolha, decisão e acção é influenciada por condicionantes biológicas, psicológicas, socio-culturais.
O corpo que possuímos, o estado da nossa saúde, a nossa inteligência, os nossos interesses, gostos e desejos. As exigências da comunidade em que estamos inseridos, os padrões culturais, o espaço geográfico e a época em que nascemos. Todos estes factores condicionam e limitam o que podemos escolher e realizar.
Impõe-se, portanto, a questão: que espécie de livre arbítrio temos nós?

Pensamento - nada 41: Perspectiva de uma bissexual

"Chamo-me Filomena.
Caracterizo-me por uma dualidade sexual, isto é, tenho a capacidade de estar em contacto com o lado masculino e com o lado feminino do meu ser, o que, enquanto bissexual, me é vantajoso, pois consigo seduzir pessoas de ambos os sexos muito mais facilmente.

O Homem é um ser majestoso, imponente e transmite um natural confiança, o que considero particularmente agradável. No entanto, a sua mente é um engenho demasiado simples: a sua carne é fraca e ele acaba por ceder. O meu jogo acaba mais cedo do que gostaria.
A Mulher é completamente diferente: é linda, delicada, sensual, inteligente. Superior. Anos de opressão e submissão ao Homem tornaram-na discreta, subtil, manipuladora e, portanto, fascinante.
Enquanto que para o Homem, chega ter a chamada "beleza fácil", a Mulher já pede mais habilidade: precisamos de uma boa linguagem corporal, uma sinceridade evidente, estar confortáveis com o contacto visual directo. E dar-lhes carinho na medida certa.

Só não nos podemos esquecer que tudo isto é um jogo; o gato caça o rato; não se apaixona por ele."



Nota: Filomena é uma personagem fictícia de criação minha...o que não quer dizer que a perspectiva descrita acima também seja minha! Ou que queira faltar ao respeito ao género masculino.

Pensamento - nada 40: Optimismo

Deitada na minha cama, envolvida pela suavidade dos lençóis, num quarto iluminado por um crepúsculo estival, experiencio um contentamento simples e puro. E compreendo: a vida é feita de momentos simples e felizes, como este.
Estou feliz, sem motivo.

Pensamento - nada 39: Deusa e Princesa

Em criança, não fugi às tendências da maioria: brincava com bonecas e gostava de histórias de príncipes e de princesas: a donzela em apuros, o cavalheiro másculo e gentil, o desenlace feliz...o cliché já conhecido.
Como todas as meninas, comecei a sonhar com o meu "cavaleiro andante, louco e triunfante, como um salteadooooooor!". Não questionava os dogmas sociais que esses sonhos traduziam, nunca me apercebi que as Barbie eram demasiado belas ou que os Ken não correspondiam muito bem à anatomia masculina. E, sobretudo, não questionava o meu papel na sociedade...ou a minha sexualidade!
Até que...descobri as outras princesas. Os seus sorrisos. A sua anatomia. E outros caminhos para alcançar o "felizes para sempre".
Agora, descubro a Princesa, a Rainha, a Deusa, que me faz Feliz.
Que fique claro: não sou menos Princesa por gostar de uma Princesa, ou porque lhe escrevo poemas, ou porque estou disposta a levá-la ao colo para o nosso Castelo. E fá-lo-ei com o glamour digno de uma Princesa!

Vivemos, Princesa e Deusa.
Que seja eterno enquanto dure!

Pensamento - nada 38: Futuro

Temo o Futuro Incerto.
Este meu Medo assemelha-se ao pedaço de oceano que, neste momento, está perante mim: imenso, incomensurável, que recua e avança para mim, tão incerto quanto a sua natureza.



Então resolvo dissecar o Medo, reduzir o nefasto esqueleto à sua coluna vertebral, eliminando os supérfluos perónios, rádios e mandíbulas. Descubro que, agora desmembrado, o Medo não passa de um cadáver putrefacto nas águas imundas. E a CORAGEM cresce em mim.

Que venha o Futuro, com todas as suas Incertezas!



segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Pensamento - nada renasceu...

O Blog está de volta!

A todos aqueles que estiveram à espera, peço desculpa pela demora. A verdade é que, por motivos pessoais (escola, final de secundário, exames, notas, médias, ingresso na Universidade, etc) não tenho tido nem tempo, nem disponibilidade mental para me dedicar à escrita. A reforma deste meu espaço está, no entanto, concluída.

Espero que gostem!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pensamento - nada 37: Carta a Rapunzel

21 de Junho de 2013

“(…) You've built your wall so high
That no one could climb it (…)”

Rapunzel:
A Física Quântica julga ter provado que estamos todos ligados por uma infinidade de partículas. Logo os religiosos se apressaram a interpretar esta descoberta como a prova científica de Deus.                                                                  
Como panteísta auto – didata que sou, acredito nessa ligação, sim, e que a sua força é diferenciada, mediante as características individuais e as relações socio-afetivas estabelecidas (uma pessoa realmente fria, ou muito alienada, como um autista, por exemplo, nunca poderá estabelecer ligações muito fortes; a relação de vinculação estabelecida entre qualquer indivíduo e o seu agente maternante é mais forte de todas).                       Assim, isto aplica-se também aos amantes (ou seja, aqueles que amam, nada está, necessariamente, relacionado com relações sexuais). É desta forma que procuro explicar o que se passa comigo; é que quando amo, eu sei. Não há outra forma de o dizer: simplesmente sei. Sei quando a pessoa me mente, sei quando a pessoa me trai, sei quando está feliz ou triste. E foi isso que ocorreu comigo em relação a ti: sei antes de saber, conheço-te antes de te conhecer.                              
Não é por mal, e tu não mostraste nada, eu é que escalei as tuas montanhas e derrubei os teus muros. E até estaria tudo bem, se não to tivesse mostrado. Peço mesmo desculpa, apenas pensei que não querias estar sozinha entre as tuas quatro paredes…fui estúpida, porque se as criaste, por algum motivo foi, não é? Sinceramente, magoou-me que denominasses por “sinal de fraqueza” aquilo que eu entendo por criação de laços de intimidade. Porque, por esse prisma, eu não tenho feito outra coisa que demonstrado “sinais de fraqueza” nos últimos quatro anos.               
Mas não te preocupes, Rapunzel. És forte, a Sociedade não te viu, só eu. E és forte, muito forte, sim. Tiveste que o ser, para carregares essas pedras, construíres essa torre, não foi? Recolhe os cabelos. O Dragão está vivo, e aqui o Príncipe vai-se. Não te volto a vir buscar, a não ser que mudes de ideias.             
Mas por favor, não te esqueças: forte não é só o que constrói a torre e a defende; é também aquele que tem coragem para deixar entrar o Amor. Não subestimes esse tipo de força.  
Maria Luís J. Martins

quinta-feira, 20 de junho de 2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

Pensamento - nada 35: Avitaminose

"Às vezes parece que parece que não estás bem. (...) Parece que te falta algo, que te tiraram algo. Um dia de manhã acordaste e não estava lá. Ou então nunca o tiveste, mas só com a chegada à vida adulta tomaste consciência dessa lacuna. Alma quebrada, avitaminose emocional crónica.
Não sei porque que te digo isto. (...) Talvez só queira que saibas que não estás sozinha. Se alguma vez sentiste que estás, isso terminou. Quando digo que te amo estou a ser sincera; não é só vontade de andar de mão dada contigo, ou de te dar algodão doce à boca.
Eu realmente sinto que a minha alma É interligada a tua."

sábado, 8 de junho de 2013

Pensamento - nada 34: 20 (Winnie)

20 ANOS: 20 MOTIVOS

Perdoa-me se vou ser egoísta; este dia é teu…mas segue-se uma lista de 20 motivos (diminuta amostra) de seres um Sol no meu mundo.
1 – És verdadeiramente amiga, compreensiva e paciente. 
2 – Desde que descobri que existe alguém como tu no mundo, já não me sinto sozinha. 
3 – A tua voz deixa-me a suspirar. 
4 – Vejo em ti a minha alma gémea. 
5 – És linda. 
6 – A tua boca é superapetecível. 
7 – O teu corpo é uma delícia. 
8 – Os teus olhos têm uma luz especial e são enigmáticos. 
9 – Consegues ser uma menininha doce e uma mulher forte, ao mesmo tempo. 
10 – És divertida. 
11 – És muito inteligente. 
12 – Amo o teu sorriso. 
13 – Adoro o mistério que te envolve. 
14 – És mais fofa que o Winnie The Pooh.
15 – A cor do teu cabelo faz-me lembrar mel. 
16 – Dás-me vontade de te beijar (muito!). 
17 – Fazes-me querer cuidar de ti. 
18 – Apesar da distância que nos separa, tens o meu coração. 
19 – És carinhosa e romântica. 
20 – Fazes-me sonhar e gostar da vida.

Dizes que és velha, mas alguém como tu já deveria existir há muito mais tempo. És necessária ao mundo, sobretudo ao meu mundo.
Quero passar os próximos 20, 40, 60 anos a teu lado e ser a tua Lua…porque a Lua, sem o Sol, não consegue brilhar.
Deixas?
Parabéns e espero que tenhas o melhor dia de sempre! 



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pensamento - nada 33: Condenado?

Para todos o futuro é uma incógnita, mas arrisco dizer que para ti e para mim, seja ainda mais misterioso.
Entre nós germina um sentimento bonito, puro, de total compatibilidade...entre dois seres separados por quilómetros de azar.
Estará esse pequeno ser afectivo condenado a uma pena eterna de estagnação e solidão.
Pior: estará esse pequeno amor condenado ao desaparecimento?



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Pensamento - nada 29: We found love


O reino que te ofereço não é o melhor. Talvez não tenha as colinas mais vertiginosas, as paisagens mais belas...talvez não seja o mais rico, o mais populoso. O reino que te ofereço nem sempre é simpático...por vezes há bosques negros, há caminhos tortuosos, há bruxas malévolas, dragões ferozes e maçãs envenenadas. 
Mas te garanto que de cada palácio, de cada rua, de cada jardim, de cada flor, tu és a incontestável rainha.

Deixa-me fazer-te acreditar novamente no Amor...ele é um gajo porreiro, e nem sempre a culpa é dele. Às vezes sofremos simplesmente porque a pessoa que julgamos ser nossa cara-metade, não o era, de facto. Ou não o merecia ser, simplesmente.
És a minha rainha, a minha deusa, o meu amor. Contigo a minha vida ficou linda. Ainda que estejas longe, sinto que estás sempre perto. Por isso, dar-te-ei sempre o melhor do que puder.
Por ti serei guerreira, por ti matarei as bruxas e derrubarei os dragões.
Só quero que me deixes entrar no teu mundo...
Posso? :)

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pensamento - nada 28: Pedaços de leitura, pedaços de mim



"I'm in love with you, and I'm not in the business of denying myself the simple pleasure of saying true things. I'm in love with you, and I know that love is just a shout into the void, and that oblivion is inevitable, and that we're all doomed and that there will come a day when all our labor has been returned to dust, and I know the sun will swallow the only earth we'll ever have, and I am in love with you.” 

sábado, 27 de abril de 2013

Pensamento - nada 27: Boneca de Porcelana

Winnie:

"Só quero cuidar de ti..." 
É, sem dúvida, uma das coisas mais bonitas que já me disseram.
É sincero? Sei que não me podes "prometer uma linda história de amor"...mas queres mesmo cuidar de mim?
O meu coração é de vidro, sou boneca de porcelana.
Sou complicada, insegura...
Vais mesmo cuidar do que temos, essa coisa que achas "especial, mas diferente"?




Por favor, não me partas...

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Pensamento - nada 26: Amar-te (em verso)

Deusa-Rainha,
Quero fazer do meu Amor
O teu Altar.

Até surgires, 
Eu não sabia
O que é Amar.

Amar-te é morrer
Para nascer de novo.

Amar-te é florir,
É chorar a sorrir.
É falar Verdade -
A Mentir -
Porque Amar-te
Não é mais 
Do que Sonhar.

Amar-te é o medo 
Omnipresente
De te perder - 
Perder o que nem 
Me pertence -

Amar-te é desejar
O inalcançável 
Constantemente.

Amar-te é ver
Cada dia nascer
Límpido e claro

Amar-te é 
O meu destino:
A flor floresce,
O Poeta escreve,
Eu amo-te.

Amar-te é viver!



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Pensamento - nada 25: Uma perspectiva sobre feminismo


Ser feminista é, acima de tudo, respeitar profundamente a mulher (no seu todo: corpo, mentalidade, espírito, sentimentos, interesses, direitos). Ser feminista é não se contentar com pouco para o “sexo frágil” que, afinal, é BEM forte.
Se há alguém com a obrigação de ser feminista é a Lésbica.
Não que todas as feministas sejam Lésbicas - infelizmente, nem todas as Lésbicas são feministas.
E as Lésbicas deveriam ser TODAS feministas porque, logicamente, defenderão, não só, o seu corpo, mentalidade, espírito, sentimentos, interesses, como os do seu amor.
A mulher precisa de ser defendida – não como antigamente, nada dessas donzelas escanzeladas, aprisionadas pelo dragão cuspidor de fogo – mas, sejamos sinceros, num mundo predominantemente machista, tão intensamente capitalista, que essa necessidade de consumo rápido, da mentalidade chiclete-mastiga-deita-fora está tão entranhado nas mentalidades que domina o ato sexual, a maneira como vemos o próximo, como nos vemos, a mulher precisa de ser defendida, sim! Defendida porque, queira ou não, acaba por ser ela o objeto consumido, o produto adquirido e rapidamente tido como lixo quando usado.
Daí que eu diga que a Mulher Lésbica deva ser, mais do que qualquer outra, e por princípio, feminista: seja mais masculina ou mais feminina, mesmo no “micromundo lésbico” (perdoem-me se a pseudodesignação dá azos a diferenciações discriminatórias e menos agradáveis) não estamos livres de ser objetificadas – apenas temos a oportunidade de tratar a próxima como queremos ser tratadas.
Faz às outras o que queres que te façam.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Pensamento - nada 24: Adão e Eva

Uma vez, um rapaz bissexual disse-me que achava que o "lesbianismo" tinha melhor aceitação na sociedade do que as relações entre homens homossexuais.
Não concordo.

Generalizando: os gays são fofos; as lésbicas são depravadas.

Na cabeça das pessoas, o gay é o decorador de interiores, cabeleireiro, estilista, simpático, adorável, sempre pronto para ir às compras e consolar a melhor amiga.

Na cabeça das pessoas, a lésbica é, das duas, uma: ou a "camiona" de camisola cavada e "feia, porca, e má", ou (venha o Diabo e escolha), a galdéria, promiscua, que tanto dá para um lado como para o outro, que está pronta para realizar a fantasia de qualquer homem que deseja ardentemente realizar um ménage à trois com duas lésbicas - sim, isto porque, importante não esquecer!, qualquer lésbica apenas "virou" lésbica porque ainda não experimentou um pénis devidamente satisfatório!

Portanto, um preconceito dentro de um preconceito, que apenas é reflexo da perspectiva machista de uma sociedade que defende um Adão vitimado por uma Eva sensual e subversiva.

É triste.




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pensamento - nada 23: Pedaços de leitura, Pedaços de mim (Mãos)

As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967


Está nas tuas mãos o teu destino; molda-o à tua medida. Dá-lhe a forma que pretendes. Não permitas que o esculpam por ti. 
Não te esqueças que a vida é tua: tens de ser o teu artista, e não somente observador de um destino determinado por outrem.