Ser feminista é, acima de tudo, respeitar profundamente a
mulher (no seu todo: corpo, mentalidade, espírito, sentimentos, interesses,
direitos). Ser feminista é não se contentar com pouco para o “sexo frágil” que,
afinal, é BEM forte.
Se há alguém com a
obrigação de ser feminista é a Lésbica.
Não que todas as feministas sejam Lésbicas - infelizmente,
nem todas as Lésbicas são feministas.
E as Lésbicas deveriam ser TODAS feministas porque, logicamente,
defenderão, não só, o seu corpo, mentalidade, espírito, sentimentos, interesses,
como os do seu amor.
A mulher precisa de ser defendida – não como antigamente,
nada dessas donzelas escanzeladas, aprisionadas pelo dragão cuspidor de fogo –
mas, sejamos sinceros, num mundo predominantemente machista, tão intensamente
capitalista, que essa necessidade de consumo rápido, da mentalidade chiclete-mastiga-deita-fora
está tão entranhado nas mentalidades que domina o ato sexual, a maneira como
vemos o próximo, como nos vemos, a mulher precisa de ser defendida, sim! Defendida
porque, queira ou não, acaba por ser ela o objeto consumido, o produto
adquirido e rapidamente tido como lixo quando usado.
Daí que eu diga que a Mulher Lésbica deva ser, mais do que
qualquer outra, e por princípio, feminista: seja mais masculina ou mais
feminina, mesmo no “micromundo lésbico” (perdoem-me se a pseudodesignação dá
azos a diferenciações discriminatórias e menos agradáveis) não estamos livres
de ser objetificadas – apenas temos a oportunidade de tratar a próxima como
queremos ser tratadas.
Faz às outras o que queres que te façam.
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